quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Religião ou comércio


Fundamentalistas são aqueles que consideram que a sua maneira de entender uma religião é a única certa, e que todas as outras maneiras, bem como as demais religiões, devem ser combatidas. Isso é tão absurdo como pensar que a língua que falamos é a única que expressa o verdadeiro sentido das palavras.
Este texto não tem o objetivo de combate, mas de comentar um objetivo de comércio.
Dentro do Cristianismo houve muitos desentendimentos, fazendo com que ele se divida, hoje, em três confissões: a católica, a ortodoxa e a protestante ou evangélica.
Deus mesmo não tem religião.
Dizer que a Igreja Católica está em crise devido a pedofilia é pura demagogia. A crise da Igreja Católica existe há séculos, pedofilia também.
Dizer que a Igreja Evangélica 'rouba' pessoas com mentes fracas, sem poder de informação e formação de opinião, também é muito pesado.
Algumas pessoas se enganam e outras gostam de se enganar, acreditar que encontram a salvação em religião. Eu respeito todas as religiões, quem quiser seguir que siga.
Em todas as religiões existe gente aproveitadora, inclusive pastores e padres.
É comum constatarmos o comércio de: sabonete da Terra Santa, água da Terra Santa, dízimo para aquilo, compre não sei o que, que faz milagre, etc.
Onde se em caixa? (Mateus Cap.10 versículo 8) Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; DE GRAÇA RECEBESTE DE GRAÇA DAI.
Diante de tudo isto, eu comungo do seguinte princípio:
a) Primeiro, você tem que acreditar em Deus, ter fé...
b) Segundo, você tem que respeitar o próximo, fazer o bem no seu dia-dia... tratar bem as pessoas ao seu redor, não querer crescer passando um outro para trás... se já fizer isso... o mundo será bem melhor.
c) Tudo isto se resume num único mandamento: amar.
Não existe religião melhor que outra. Não existe nenhuma perfeita, mas nós podemos nos tornar melhores a cada dia sem a necessidade de um culto no final de semana ou até todo dia para mudar um comportamento impróprio que tenhamos praticado. O que deve ser modificado são as nossas atitudes.
Para alguém ser bom, ser uma pessoa bondosa com todos (errar faz parte da natureza humana), não discriminar nem Sicrano e tampouco Beltrano, não será ouvindo sermão de pastor, de padre, de quem quer que seja, para diferenciar o que é certo ou errado.
Existem padres, pastores com bom coração que, realmente, tem o intuito de levar uma mensagem de fé, mas, infelizmente, a verdade é que a maioria gosta que a “ovelha” creia... creia nisso e naquilo, mas não respeita os fiéis que “hipnotizado” pelas palavras aliciadoras deixa de comprar o leite, de oferecer um colégio melhor ao filho, para dar dinheiro (dízimo) para um 'pastor' que, na verdade, irá usar para bens materiais dele, somente dele. O dízimo, o mesmo que não é tributado deixando os donos de igrejas, com uma empresa livre de impostos, podendo aplicar em compra de rádios, televisão e outros meios de comunicação.
Quer dizer na verdade nua e crua é um jogo de interesse quem dá quer receber e ponto.
Talvez por isso, temos tantos incrédulos e pessoas que não acreditam em religião nenhuma, pois as religiões deveriam apoiar a humanidade e não usá-las, deveriam orientar a humanidade e não estreitar os pontos de vista em rituais paralisantes.
Não me considero mais do que ninguém, mas em pleno século XXI nos parece que está na hora de abrirmos os olhos, de pensarmos pela nossa cabeça, de raciocinarmos e de mantermos uma ligação com o Divino de forma natural, simples, pura, sem rituais, sem ser necessário pagar por graças divinas.
A religião serve para libertar o ser humano dos roteiros asfixiantes do materialismo e não para materializar o que é divino.
Mas se você quer dar o dízimo tudo bem, é só para lembrar que Deus não comercializa seus benefícios, pois neste caso aquele que nada tem ficaria como?

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