quinta-feira, 16 de abril de 2009

UEG: 10 anos de história



O ano era 1999, o dia 16 e o mês abril. Começava aí uma nova realidade para o ensino superior no Estado. A criação da Universidade Estadual de Goiás, com sua estrutura multicampi, representava a oportunidade de acesso à universidade para milhares de jovens de todas as partes de Goiás. Grande parte deles - principalmente os de famílias com renda de até três salários mínimos, que somam cerca de 75% do total -, sabem bem o que significa ter uma Unidade da UEG na sua região.

A UEG nasceu com o propósito de democratizar o ensino superior e ajudar a mudar o quadro da falta de qualificação dos professores das redes estadual, municipais e particular de ensino. Na época, 98% dos professores goianos não possuíam curso superior. O Programa Universidade para os Trabalhadores da Educação mudou essa realidade e formou quase 30 mil professores. Atualmente, só 2% estão nessa condição.

Mesmo sendo uma instituição de ensino superior, a UEG não se descuidou da base e criou o Programa Vaga-Lume de Alfabetização, que se transformou num marco para milhares de jovens e adultos e reduziu consideravelmente o analfabetismo em Goiás, que era muito alto. O ensino, a pesquisa e a extensão foram vivenciados na UEG de forma intensa nos últimos 10 anos.

Números

Em uma década, a UEG formou 36.010 alunos nos cursos de graduação regular, 28.027 na Licenciatura Plena Parcelada (Formação de Professores) e 8.879 nos cursos sequenciais. Atualmente, a Universidade Estadual de Goiás está presente em 52 municípios, com 41 unidades universitárias, 12 pólos e três extensões. São oferecidos 132 cursos (78 de licenciatura, 33 de bacharelado e 21 tecnológicos).

Até dezembro de 2008, de acordo com a Coordenação de Planejamento, estavam matriculados nos cursos de Graduação da Universidade 18.795 alunos, sendo 11.284 na licenciatura, 5.656 no bacharelado e 1.855 tecnológico. A evolução no número de cursos de graduação ofertados na Universidade se deu de forma gradativa, começando em 50 cursos oferecidos em 1999 e chegando a 132 em 2009, com ênfase nas vocações regionais e atendendo às demandas apresentadas pela sociedade.

Na pós-graduação, são ofertados atualmente 32 cursos de especialização lato sensu e três stricto sensu, com 507 alunos matriculados no lato sensu e 13 no stricto sensu. Na última década, foram matriculados 11.122 estudantes na especialização lato sensu e 217 no stricto sensu. O número de cursos de especialização aumentou à medida que os estudantes concluíam a graduação. A oferta de cursos lato sensu saltou de cinco em 1999 para 32 neste ano.

Na última década, somando a graduação regular, a LPP, os cursos sequenciais e a pós-graduação (lato e stricto sensu), a Universidade Estadual de Goiás formou quase 85 mil pessoas. Esses números mostram que, mesmo com as dificuldades naturais enfrentadas por uma universidade jovem, a UEG caminha para sua consolidação e representa um avanço no acesso ao ensino superior no Estado de Goiás.

Para o reitor Luiz Antônio Arantes, a UEG cresceu horizontalmente nos últimos anos, mas agora é fundamental que ela cresça verticalmente. “Nosso desafio de agora em diante é instrumentalizar a Universidade para que ela tenha uma melhor infraestrutura de laboratórios e de bibliotecas e cresça com qualidade”. O reitor ressalta que todos os esforços estão sendo feitos nesse sentido. “Conquistamos a regularidade fiscal, com o pagamento da dívida com o INSS, e os reflexos já começaram. Estamos no processo final de liberação de recursos na ordem de R$ 3 milhões provenientes de emendas parlamentares, que serão investidos para equipar e modernizar laboratórios e bibliotecas da UEG”, destacou. Segundo Luiz Arantes, a UEG representa um salto para o desenvolvimento do Estado. “A presença da Universidade em todas as regiões mudou o cenário goiano. A UEG entendeu as necessidades do mercado com a oferta de cursos voltados às vocações regionais”.

(Dirceu Pinheiro)




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