sexta-feira, 17 de abril de 2009

Brasil, um país movido a luxo

Brasil faz parte dos dez maiores consumidores de produtos sofisticados. O mercado cresce 45% ao ano.
Redação Web Luxo

.

Se você comprou uma Ferrari, um helicóptero ou jatinho particular; se costuma desfilar com roupas Armani e acessórios Louis Vuitton; se assina com canetas Montblanc e usa relógios Cartier, parabéns! Você faz parte de um seleto grupo de 4 milhões de brasileiros que consomem artigos de luxo no Brasil. Este mercado, embora seja formado por apenas 3% da população, tem crescido até 45% ao ano, segundo as grifes.

.

Provas disso são o movimento nas principais revendas de carros importados no País e a pujança de ruas como o Oscar Freire, em São Paulo, capital latino-americana das grifes de luxo, e Garcia D'Ávila, no Rio de Janeiro. Nestes pontos, pode se gastar milhares de reais por metro quadrado em produtos que vão de canetas cravejadas de brilhantes e automóveis sob encomenda.

.

.

Abrir uma loja nos sofisticados endereços de São Paulo e do Rio requer, além de paciência para conseguir o ponto, investimento inicial de cerca de US$ 2,3 milhões. Mas e daí? Isto é troco para quem está acostumado a lidar com uma clientela cujo poder de compra é ilimitado. O Brasil, acredite, está entre os dez maiores mercados do mundo em artigos de luxo. Na América, só perde para os Estados Unidos, que têm renda per capita superior à nossa.

.

As franquias brasileiras do estilista Giorgio Armani são um ótimo espelho do potencial nacional. As unidades paulista da Vila Romana, venderam mas do que as de Nova York em dezembro do ano passado. Por isso, a Empório Armani tem a segunda maior loja do mundo, atrás da nova-iorquina localizada na Madison Avenue. Mas as lojas paulistas, as únicas do estilista na América Latina, só conseguiram se firmar com a abertura às exportações, no início dos anos 90, e com a estabilização da economia, em meados da década.

.

.

Quem tentou iniciar suas atividades há mais de treze anos enfrentou muitas dificuldades para importar ou apelou para a fabricação local, o que acabou diminuindo o prestígio da marca. Havia um mercado potencial enorme. Tanto que, nove anos depois de aberta a primeira loja Montblanc no Brasil, ela passou a ser a quinta colocada em vendas. E o País foi campeão no número de encomendas das canetas brilhantes, que custam US$ 120 mil.

.

As pessoas que estão no topo da pirâmide social consomem artigos caros para se distinguir dos demais. Quando o produto invade outras classes, elas partem para outro artigo ou mudam de marca. A ostentação é uma forma de mostrar poder - tradição herdada dos príncipes renascentistas italianos.

.

O mais curioso é que este tipo de comportamento, no Brasil, independe da renda. Às vezes as pessoas deixam de comprar uma geladeira para ter uma televisão ou gastam o salário em roupas. É o mesmo sintoma, em grau reduzido, dos novos ricos, que não podem ter um iate, mas compram uma Montblanc para fazer parte deste mercado. No caso dos muito ricos, faixa que representa 2% da população brasileira - responsável por 20% da renda gerada no País, o consumo refinado extrapola o modismo ou a ostentação.

.

.

Assemelha-se mais a um padrão de vida cultivado durante gerações. O Brasil é um dos países mais consumistas e segue claramente o estilo americano. Outro exemplo de prestígio no País é a marca Louis Vuitton. Hoje, as vendas de canetas e lenços de seda Louis Vuitton no País estão entre as cinco maiores do mundo. O leque de produtos, a cada ano, vem aumentando.

.

A receita das grifes raramente é divulgada, mas elas não têm do que reclamar. A Ferrari por exemplo, confirma o Brasil como o 9° maior mercado da empresa. Uma outra empresa automotiva desembarcou recentemente no país, o superesportivo Pagani Zonda F, que foi apresentado em São Paulo como o carro mais caro do mercado nacional, ao preço de R$ 4 milhões, confirmando a alta no mercado de luxo a clientes em ponteciais.

.

.

Quando o assunto é transporte, no entanto, quem ri à toa são os importadores de helicópteros. Num mercado que movimentou quase US$ 130 milhões no ano passado, cerca de 30% foram para o mercado de luxo. O restante foi comprado por empresas de taxi aéreo, escolas de pilotagem e utilitários.

.

Certamente, quem voa para se deslocar também compra as melhores roupas, os melhores acessórios e as melhores bebidas. O brasileiro é um consumidor muito requintado e exigente.

.

Fonte: Site Web Luxo

Nenhum comentário: