Passando a Régua - Ed. n. 772

Coluna publicada na edição nº 772 do Jornal Diário do Norte

"Mudar o jeito de ensinar não é fácil nem rápido, mas é absolutamente urgente e necessário".

Autor desconhecido

Educação

O Colégio Estadual Coronel Gaspar, o primeiro estadual em Uruaçu, passará por grande transformação, já a partir deste ano. Obedecendo uma diretriz da Secretária Estadual de Educação, que visa otimizar/reordenar espaços físicos em todo o Estado, o colégio deixará de ser de educação formal para ser um espaço artístico, cultural e, porque não dizer, de aprendizagem profissional, com previsão de funcionamento nos três turnos. Seu nome será Centro de Educação e Convivência Artístico, Cultural e Educacional Coronel Gaspar. O colégio que fica na Rua Coronel Aristides, Centro, há alguns metros da Catedral de Santana, dois quarteirões da Avenida Tocantins. Especulações variadas a respeito do destino do educandário foram ventiladas: "vai fechar", "vai municipalizar", "vai virar local para professores fazer projetos"... Mas nada disso é verdade. Segundo a professora Dânia Wobeto, subsecretária regional de educação de Uruaçu, "o projeto, para funcionar, precisa de apoio logístico e funcionará em parceria com o município através de convênio estabelecendo obrigações para o Estado e para a prefeitura de Uruaçu". Ainda segundo Dânia Wobeto, não haverá perdas para os professores e demais profissionais que hoje atuam na escola. "Se temos preocupação com o prédio, por ser pioneiro, ou com o equipamento que tem lá, muito mais com a pessoa do servidor", diz a subsecretária, que conclui: "Ninguém ficará sem emprego, as cargas horárias serão respeitadas, enfim, ninguém será prejudicado de nenhuma forma". Esse reordenamento de vagas já existe em Goiás desde 1999 e, em Uruaçu, foi escolhido o Colégio Estadual Cel. Gaspar por se tratar de uma escola que vem tendo problemas com números de alunos há anos. Segundo a professora Solange Pucci, supervisora técnica pedagógica da Subsecretaria Regional de Educação de Uruaçu, "o Cel. Gaspar tem cinco salas de aula, com capacidade média de 30 alunos em cada, o que daria 450 vagas nos três turnos. Em 2008, o colégio terminou o ano com 188 alunos. Não dá para ficar com todo este espaço físico ocioso. Além disso, esse número de alunos que, supostamente, seria prejudicado pode ser perfeitamente absolvido pelos demais colégios (Polivalente, Vila Dourada ou Aeroporto)". Ambas as educadoras se mostraram otimistas com a transformação da velha escola em um novo espaço artístico e cultural, onde oficinas e cursos diversos deverão ser ministrados, a exemplo: balé, capoeira, dança violão, pintura em tela, manicuro e pedicuro, cabeleireiro, cursinho pré-vestibular, idiomas (inglês, espanhol, francês), artesanato e tantos outros. Segundo Dânia, "a escolha dos cursos e oficinas será feita de forma democrática, através de enquete, onde a própria comunidade dirá quais são seus anseios com relação ao que querem". Que seja bem-vindo! E que efetivamente atenda de maneira satisfatória a comunidade de Uruaçu.

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Carlos Henrique Alves do Rêgo – Carzem, é sócio do Lions Clube de Uruaçu; Bel. em Ciências Contábeis pela UEG/Uruaçu; e, funcionário do Banco do Brasil, agência de Uruaçu