Nova ortografia
Reforma ortográfica visa a difundir o idioma
Uma das principais justificativas para o acordo ortográfico, firmado entre os oito países de língua portuguesa em 1990 e prestes a entrar em vigor, é que o fim de várias grafias proporcionará maior visibilidade ao idioma - o sétimo mais falado no planeta. Isso contribuiria para sua afirmação no cenário internacional, principalmente em entidades como a ONU (Organização das Nações Unidas).
"Para mim tem importância política, facilita a difusão e o ensino do português no mundo. No sistema de certificação internacional não é aceita a ortografia do Brasil. Nos documentos internacionais se faz uma versão com a ortografia de Portugal e do Brasil", explica o professor de lingüística da USP (Universidade de São Paulo) José Luiz Fiorin, integrante da Colip (Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa). Ligado ao Ministério da Educação, o Colip tem a função de formular e coordenar as políticas para a língua portuguesa no Brasil e no mundo.
Ao todo, são cerca de 230 milhões de falantes - a maioria no Brasil, que tem 185 milhões de habitantes. Apesar de ser língua oficial em oito países, na prática há somente duas variantes de ortografia: brasileira e portuguesa. Os demais países adotam o modelo de Portugal.
As mudanças atingem em menor escala a grafia utilizada no Brasil: aproximadamente 0,5% das palavras, enquanto em Portugal chegam a 1,6%.
Curiosidade
As 10 línguas mais faladas no mundo são:
1º - Chinês
2º - Hindi
3º - Inglês
4º - Espanhol
5º - Bengali
6º - Árabe
7º - Português
8º - Russo
9º - Japonês
10º - Alemão
Fonte: Folha On-line
As novas regras ortográficas da língua portuguesa entraram em vigor desde o início de 2009, o seu período de adaptação vai até 2012.
Fonte: Blog Diário de um Bit
O acordo incorpora tanto características da ortografia utilizada por Portugal quanto a brasileira. O trema, que já foi suprimido na escrita dos portugueses, desaparece de vez também no Brasil. Palavras como "lingüiça" e "tranqüilo" passarão a ser grafadas sem o sinal gráfico sobre a letra "u". A exceção são nomes estrangeiros e seus derivados, como "Müller" e "Hübner".
Seguindo o exemplo de Portugal, paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" --como "idéia", "heróico" e "assembléia"-- deixam de levar o acento agudo. O mesmo ocorre com o "i" e o "u" precedidos de ditongos abertos, como em "feiúra". Também deixa de existir o acento circunflexo em paroxítonas com duplos "e" ou "o", em formas verbais como "vôo", "dêem" e "vêem".
Os portugueses não tiveram mudanças na forma como acentuam as palavras, mas na forma escrevem algumas delas. As chamadas consoantes mudas, que não são pronunciadas na fala, serão abolidas da escrita. É o exemplo de palavras como "objecto" e "adopção", nas quais as letras "c" e "p" não são pronunciadas.
Com o acordo, o alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão de "k", "y" e "w". A utilização dessas letras permanece restrita a palavras de origem estrangeira e seus derivados, como "kafka" e "kafkiano".
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