Pesquisa divulgada recentemente pela Transparência Internacional revela um dado surpreendente: o Brasil é um dos 23 países onde menos de 6% da população diz já ter praticado pequenos subornos para instituições e serviços, o menor índice entre os países da América Latina pesquisados. Em todo o mundo, uma em cada quatro pessoas confessou ter pago propina nos últimos 12 meses, a maioria para a polícia (29%), e os principais motivos foram "evitar problemas com autoridades" e "agilizar os processos". Grande parte (35%) dos "subornadores" tem menos de 30 anos. Os serviços onde a propina foi usada para pular etapas incluem educação, justiça, saúde, segurança pública, registro e autorização, utilidades, receitas fiscais e alfândegas.
O resultado da pesquisa entre os brasileiros causa espanto e tanto pode ser visto como uma grata surpresa - e a constatação de que a população finalmente está preferindo seguir os trâmites legais, por mais burocráticos que ainda sejam - como pode também reafirmar o fato que o "jeitinho brasileiro" de resolver situações está tão institucionalizado a ponto de as pessoas não mais perceberem que estão corrompendo o próximo em benefício próprio.
A Transparência Internacional é uma instituição não-governamental criada em 1993 com o objetivo de liderar iniciativas globais contra a corrupção. A pesquisa verificou também os níveis de corrupção em todo o mundo, inclusive no Brasil. De acordo com os resultados locais, 64% dos brasileiros acreditam que a corrupção aumentou nos últimos 3 anos, enquanto para 27% os níveis permaneceram os mesmos. Apenas 9% disseram que a corrupção diminuiu. E mais uma vez a política lidera o ranking das instituições mais afetadas pela corrupção. A imagem do parlamento vem se desgastando há tantas décadas, e de maneira tão contínua independentemente da alternância do poder, que será muito difícil desfazer esse "casamento" entre política e corrupção, apesar de sempre haver exceções.
Mas o fato é que, se existem corruptos, é porque existem também corruptores. E não só na política. Se há alguém disposto a receber dinheiro em troca de favores, na outra ponta há aquele que está disposto a pagar por este "favorzinho". E por mais antiético que pareça, para muitos se tornou tão comum a ponto de não entrar nas estatísticas. Por isso os estudiosos acreditam que o índice de pessoas que dizem já ter pago propina por alguns serviços pode ser bem maior no Brasil.
Estes pequenos "deslizes" já institucionalizados podem ser vistos no dia a dia. São aqueles motoristas que estacionam "rapidinho" na vaga do idoso ou deficiente, os que se valem de idosos ou crianças para furar fila, os que lançam mão de antigas e geralmente poderosas amizades (ou parentescos) para pular etapas ou se livrar de punições. Comportamentos como estes podem não envolver o suborno em si, em forma de dinheiro ou favor, mas fazem parte da lista de atitudes que vão na contramão da ética, são incorretas e prejudicam a imagem do país como um todo. Nunca o brasileiro será bem-visto e respeitado lá fora enquanto se comportar como se estivesse acima da lei, como se seus pequenos atos ilícitos não fossem tão ilícitos assim e como se o desrespeito ao próximo não fizesse mal algum.
O resultado da pesquisa entre os brasileiros causa espanto e tanto pode ser visto como uma grata surpresa - e a constatação de que a população finalmente está preferindo seguir os trâmites legais, por mais burocráticos que ainda sejam - como pode também reafirmar o fato que o "jeitinho brasileiro" de resolver situações está tão institucionalizado a ponto de as pessoas não mais perceberem que estão corrompendo o próximo em benefício próprio.
A Transparência Internacional é uma instituição não-governamental criada em 1993 com o objetivo de liderar iniciativas globais contra a corrupção. A pesquisa verificou também os níveis de corrupção em todo o mundo, inclusive no Brasil. De acordo com os resultados locais, 64% dos brasileiros acreditam que a corrupção aumentou nos últimos 3 anos, enquanto para 27% os níveis permaneceram os mesmos. Apenas 9% disseram que a corrupção diminuiu. E mais uma vez a política lidera o ranking das instituições mais afetadas pela corrupção. A imagem do parlamento vem se desgastando há tantas décadas, e de maneira tão contínua independentemente da alternância do poder, que será muito difícil desfazer esse "casamento" entre política e corrupção, apesar de sempre haver exceções.
Mas o fato é que, se existem corruptos, é porque existem também corruptores. E não só na política. Se há alguém disposto a receber dinheiro em troca de favores, na outra ponta há aquele que está disposto a pagar por este "favorzinho". E por mais antiético que pareça, para muitos se tornou tão comum a ponto de não entrar nas estatísticas. Por isso os estudiosos acreditam que o índice de pessoas que dizem já ter pago propina por alguns serviços pode ser bem maior no Brasil.
Estes pequenos "deslizes" já institucionalizados podem ser vistos no dia a dia. São aqueles motoristas que estacionam "rapidinho" na vaga do idoso ou deficiente, os que se valem de idosos ou crianças para furar fila, os que lançam mão de antigas e geralmente poderosas amizades (ou parentescos) para pular etapas ou se livrar de punições. Comportamentos como estes podem não envolver o suborno em si, em forma de dinheiro ou favor, mas fazem parte da lista de atitudes que vão na contramão da ética, são incorretas e prejudicam a imagem do país como um todo. Nunca o brasileiro será bem-visto e respeitado lá fora enquanto se comportar como se estivesse acima da lei, como se seus pequenos atos ilícitos não fossem tão ilícitos assim e como se o desrespeito ao próximo não fizesse mal algum.
Fonte: Gazeta Digital
Fonte: Blog Sindicacau
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