Por: Junior Oliveira
Filmaço… Pesado… Bom mesmo… Não assistirei novamente, igual fiz com Cidade de Deus, mas é (repito) um filmaço!!!!
Questionaram num fórum (Orkut) porque ele não confessou sob tortura e depois contou tudo livremente. Acho entendível isso. Se ele contasse sob tortura a mesma história que ele narra livremente, ela seria inverossímil. Depois de solto, ambos policiais estão ‘quase’ convencidos que ele não era um farsante. Logo, estão abertos a escutá-lo.
Achei pesadas as cenas deles derramando óleo fervendo nos olhos do menino.
Achei triste (no sentido de pesado) eles encontrarem esse mesmo menino cego cantando tempos depois.
Achei pesado eles dando choques no rapaz, já no início do filme (um pesado diferente do pesado Johnny vai à guerra, por exemplo, mas neste eu esperava isso)
Achei triste (no mesmo sentido) o irmão ‘comer’ a garota dos sonhos o garoto.
Achei cruel esse irmão ter soltado a mão da menina, quando eles estão no trem.
Achei pesado a re-constatação da pobreza na Índia (alguns diriam equivalente a qualquer favela brasileira).
Achei pesada a forma como as mulheres são tratadas lá.
Achei triste ele ter sido torturado por ter acertado as perguntas.
Achei nojento (mas adorei) a cena da privada.
Essas coisas. Não é um filme alegre, como eu esperava. Pesado nesse sentido. Entendem?
Quando o irmão solta a mão da menina, causa em Jamal um furo que ele passa toda a sua vida em busca da mulher idealizada para suturá-lo.
Mas, o que será da relação deles quando eles passarem a morar juntos? (Depois do fim do filme?). Será que eles serão felizes ad eternum ou logo nos primeiros meses aparecerão as diferenças irreconciliáveis e eles se separarão, ficando ele com o furo, agora, irreparável, sem esperanças, já que antes, pelo menos, ele tinha o que buscar: ela!
E isso causado pelo seu irmão, um perverso, que precisou se suicidar em uma banheira cheia de dinheiro (que cena, metaforicamente falando, fantástica!)
O cara tinha apenas esse irmão que o salvou (em uma cena do filme angustiante) mas abandonou a garota – causa de sua melancolia, ainda maior que a melancolia de quando ele perdeu a mãe – e, que quando a reencontra, toma-a dele.
A vida desse Jamal é uma tragédia.
Então, esse filme, para mim, é pesado no sentido humano, que me faz pensar muito mais do que qualquer tripa explodindo, ou que um lutador (Rourke) que tinha tudo e optou pela morte. Jamal não tinha escolha. O lutador tinha. Esse, para mim, é desprezível. Tudo aquilo que aflige um humano e que está além de sua condição de lide, está dentro do conceito de ‘pesado’.
Bem, enfim, acho esse ‘conto de fadas’ muito mais pesado que filmes ditos pesados.
Questionaram num fórum (Orkut) porque ele não confessou sob tortura e depois contou tudo livremente. Acho entendível isso. Se ele contasse sob tortura a mesma história que ele narra livremente, ela seria inverossímil. Depois de solto, ambos policiais estão ‘quase’ convencidos que ele não era um farsante. Logo, estão abertos a escutá-lo.
Achei pesadas as cenas deles derramando óleo fervendo nos olhos do menino.
Achei triste (no sentido de pesado) eles encontrarem esse mesmo menino cego cantando tempos depois.
Achei pesado eles dando choques no rapaz, já no início do filme (um pesado diferente do pesado Johnny vai à guerra, por exemplo, mas neste eu esperava isso)
Achei triste (no mesmo sentido) o irmão ‘comer’ a garota dos sonhos o garoto.
Achei cruel esse irmão ter soltado a mão da menina, quando eles estão no trem.
Achei pesado a re-constatação da pobreza na Índia (alguns diriam equivalente a qualquer favela brasileira).
Achei pesada a forma como as mulheres são tratadas lá.
Achei triste ele ter sido torturado por ter acertado as perguntas.
Achei nojento (mas adorei) a cena da privada.
Essas coisas. Não é um filme alegre, como eu esperava. Pesado nesse sentido. Entendem?
Quando o irmão solta a mão da menina, causa em Jamal um furo que ele passa toda a sua vida em busca da mulher idealizada para suturá-lo.
Mas, o que será da relação deles quando eles passarem a morar juntos? (Depois do fim do filme?). Será que eles serão felizes ad eternum ou logo nos primeiros meses aparecerão as diferenças irreconciliáveis e eles se separarão, ficando ele com o furo, agora, irreparável, sem esperanças, já que antes, pelo menos, ele tinha o que buscar: ela!
E isso causado pelo seu irmão, um perverso, que precisou se suicidar em uma banheira cheia de dinheiro (que cena, metaforicamente falando, fantástica!)
O cara tinha apenas esse irmão que o salvou (em uma cena do filme angustiante) mas abandonou a garota – causa de sua melancolia, ainda maior que a melancolia de quando ele perdeu a mãe – e, que quando a reencontra, toma-a dele.
A vida desse Jamal é uma tragédia.
Então, esse filme, para mim, é pesado no sentido humano, que me faz pensar muito mais do que qualquer tripa explodindo, ou que um lutador (Rourke) que tinha tudo e optou pela morte. Jamal não tinha escolha. O lutador tinha. Esse, para mim, é desprezível. Tudo aquilo que aflige um humano e que está além de sua condição de lide, está dentro do conceito de ‘pesado’.
Bem, enfim, acho esse ‘conto de fadas’ muito mais pesado que filmes ditos pesados.
Fonte: Blog Cinema é Minha Praia
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