A educação deve ser para a vida e ajudar o indivíduo a desenvolver capacidades de lidar com as situações reais. Os métodos e currículos devem propiciar um aprendizado com significado e o educando ser concebido como agente do ato de aprender. O professor deve instigar a curiosidade do educando, ser um ‘facilitador’, o ‘suporte’. Para tanto, precisa romper com a ditadura do currículo e o ensino centrado na memorização mecânica de conteúdos. Trata-se de reforçar a autonomia do educando e estimular sua criatividade.
É possível vislumbrar educador e educandos com este perfil, considerando-se a realidade escolar? É possível agir nesta direção quando se restringe a preparar para passar no vestibular e/ou para o mercado de trabalho? E ainda exige-se uma educação que forme para a cidadania crítica. Como compatibilizar tudo isto?
Por quanto tempo uma criança, um adolescente ou mesmo um estudante universitário, consegue prestar atenção à aula? Como querer que o aluno, cujo perfil é cada vez mais influenciado por tecnologias como a internet e o celular, suporte a monotonia da sala de aula e as didáticas obsoletas? Como exigir que concentre-se em exposições sobre conteúdos que nada significam para ele? Como insistir no conteudismo e em práticas docentes nada criativas e esperar que o estudante tenha interesse? É justo criticar o educando pelo ‘desinteresse’? Só aprendemos aquilo que de fato nos interessa, ou seja, quando nos envolvemos plenamente no processo de aprender.
Será que a sala de aula ainda é o lugar privilegiado para aprender? É preciso repensar a organização espacial da escola. Com efeito, trata-se de uma arquitetura criada para disciplinar corpos e mentes. O espaço escolar é uma esfera de poder. Enquanto fator disciplinar funcionou muito bem. Com algumas exceções aqui ou acolá, um certo barulho, etc., a escola conseguiu cumprir sua função disciplinadora. Isto é ainda mais claro nas escolas vinculadas a empresas ou projetos empresariais – geralmente, sob o discurso de que a escola, a universidade, deve preparar os jovens para serem bons profissionais e cidadãos, isto é, submissos mas ambiciosos. Estes serão os que conseguirão vencer a competição no mercado de trabalho e, quiçá, terão sucesso em suas carreiras. Observe-se, no entanto, que o descompasso entre a realidade social e as práticas e teorias predominantes no interior das escolas também comprometem até mesmo a sua função disciplinar. Talvez esteja aí uma das explicações para a crescente indisciplina estudantil, mesmo no âmbito da universidade.
As características fundamentais da escola precisam ser repensadas. A organização espacial, o currículo, os métodos de ensino, a função docente, a relação escola-comunidade, etc., estão em defasagem a realidade social que molda o perfil dos estudantes. É preciso repensar seriamente a função da escola, seu papel na sociedade. A escola talvez ensine, mas falha em educar.
É certo que o discurso e as intenções muitas vezes apontam na direção da superação dos problemas que envolvem o sistema de ensino. Há ótimas teorias pedagógicas e muita discussão em torno delas. Mas isto fica restrito a um pequeno círculo, muitas vezes, intelectuais que não vivem na prática a realidade da sala de aula. Então, o ‘espírito’ não encarna, isto é, a prática professoral no dia-a-dia permanece a de sempre: aula expositiva, escrever no quadro, copiar, avaliar segundo critérios e métodos que pressupõe a memorização, etc. A sala de aula não mudará enquanto forem mantidas as características básicas da escola. É o locus do ensino-aprendizagem que precisa ser questionado.
É possível vislumbrar educador e educandos com este perfil, considerando-se a realidade escolar? É possível agir nesta direção quando se restringe a preparar para passar no vestibular e/ou para o mercado de trabalho? E ainda exige-se uma educação que forme para a cidadania crítica. Como compatibilizar tudo isto?
Por quanto tempo uma criança, um adolescente ou mesmo um estudante universitário, consegue prestar atenção à aula? Como querer que o aluno, cujo perfil é cada vez mais influenciado por tecnologias como a internet e o celular, suporte a monotonia da sala de aula e as didáticas obsoletas? Como exigir que concentre-se em exposições sobre conteúdos que nada significam para ele? Como insistir no conteudismo e em práticas docentes nada criativas e esperar que o estudante tenha interesse? É justo criticar o educando pelo ‘desinteresse’? Só aprendemos aquilo que de fato nos interessa, ou seja, quando nos envolvemos plenamente no processo de aprender.
Será que a sala de aula ainda é o lugar privilegiado para aprender? É preciso repensar a organização espacial da escola. Com efeito, trata-se de uma arquitetura criada para disciplinar corpos e mentes. O espaço escolar é uma esfera de poder. Enquanto fator disciplinar funcionou muito bem. Com algumas exceções aqui ou acolá, um certo barulho, etc., a escola conseguiu cumprir sua função disciplinadora. Isto é ainda mais claro nas escolas vinculadas a empresas ou projetos empresariais – geralmente, sob o discurso de que a escola, a universidade, deve preparar os jovens para serem bons profissionais e cidadãos, isto é, submissos mas ambiciosos. Estes serão os que conseguirão vencer a competição no mercado de trabalho e, quiçá, terão sucesso em suas carreiras. Observe-se, no entanto, que o descompasso entre a realidade social e as práticas e teorias predominantes no interior das escolas também comprometem até mesmo a sua função disciplinar. Talvez esteja aí uma das explicações para a crescente indisciplina estudantil, mesmo no âmbito da universidade.
As características fundamentais da escola precisam ser repensadas. A organização espacial, o currículo, os métodos de ensino, a função docente, a relação escola-comunidade, etc., estão em defasagem a realidade social que molda o perfil dos estudantes. É preciso repensar seriamente a função da escola, seu papel na sociedade. A escola talvez ensine, mas falha em educar.
É certo que o discurso e as intenções muitas vezes apontam na direção da superação dos problemas que envolvem o sistema de ensino. Há ótimas teorias pedagógicas e muita discussão em torno delas. Mas isto fica restrito a um pequeno círculo, muitas vezes, intelectuais que não vivem na prática a realidade da sala de aula. Então, o ‘espírito’ não encarna, isto é, a prática professoral no dia-a-dia permanece a de sempre: aula expositiva, escrever no quadro, copiar, avaliar segundo critérios e métodos que pressupõe a memorização, etc. A sala de aula não mudará enquanto forem mantidas as características básicas da escola. É o locus do ensino-aprendizagem que precisa ser questionado.
Fonte: Blog do Ozaí
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