terça-feira, 30 de setembro de 2008
Os outros
(Parodiando Luiz Fernando Veríssimo)
Luciano Lira
Só concordo em parte com Luís Veríssimo, quando ele mostra, em ótima crônica, que o povo não preta, que toda ruindade do país resulta da existência do povo. Veríssimo que me desculpe, mas atribuir tudo de ruim só ao povo é incorreto e incompleto: o povo é aquilo mesmo, talvez até mais, porém não é o único responsável por tudo o que está errado. Temos os outros, que também não prestam. Vejamos as eleições de 1989: todos queriam Lula, mas na hora da verdade, lá vêm os outros e votam em Collor. A anarquia que reina no Congresso nada tem com o povo, que não vota leis. São os outros que votam. Os outros fumam no ônibus e elevadores e nem se preocupam com as boas maneiras ou as proibições. “Os outros que obedeçam”, dizem cinicamente os outros.
Luciano Lira
Só concordo em parte com Luís Veríssimo, quando ele mostra, em ótima crônica, que o povo não preta, que toda ruindade do país resulta da existência do povo. Veríssimo que me desculpe, mas atribuir tudo de ruim só ao povo é incorreto e incompleto: o povo é aquilo mesmo, talvez até mais, porém não é o único responsável por tudo o que está errado. Temos os outros, que também não prestam. Vejamos as eleições de 1989: todos queriam Lula, mas na hora da verdade, lá vêm os outros e votam em Collor. A anarquia que reina no Congresso nada tem com o povo, que não vota leis. São os outros que votam. Os outros fumam no ônibus e elevadores e nem se preocupam com as boas maneiras ou as proibições. “Os outros que obedeçam”, dizem cinicamente os outros.
O povo não é corrupto. Não tem nunca essa oportunidade. Tudo fica para os outros. Só os outros têm acesso às mutretas de Brasília. Até aqueles deputados que foram eleitos pelo povo esquecem o povo na hora de aproveitar e só lembram dos outros.
Agora mesmo, com esta epidemia de AIDS, quem é culpado de a doença se transmitir tão rapidamente? Os outros, que não usam camisinha e se relacionam na maior promiscuidade. As filhas dos outros cedo, cedo se perdem e ficam passando a doença. Vocês já observaram as greves dos ônibus? Muitos motoristas e trocadores querem trabalhar, mas os outros não deixam, fazem piquetes e ainda furam os pneus. O povo é culpado? Coisa nenhuma! O povo é vítima dos outros. Na escola, quem é mal comportado? Quem não sabe as lições? Os filhos dos outros, naturalmente, porque os outros não sabem educar os filhos.
Os outros são culpados de haver sonegadores, aproveitadores e picaretas, que se justificam dizendo que “se eu não fizer, os outros fazem”. “Se eu não sonegar, os outros sonegam”. E assim por diante, numa prova indiscutível de quão perniciosos são os outros.
Quem é que não sabe votar? Quem fura fila? Quem dirige sem cuidado, achando-se dono das ruas só porque tem carro? Quem entra na contramão? Quem buzina quando abre o sinal verde? Quem gosta de dupla caipira? Quem fala na volta dos militares? Quem acreditou naquele choro da santa? Quem? Quem? Os outros, os outros e os outros. Ninguém mais! Alguém já viu os teve notícia de acidente de trânsito que não seja provocado pelos outros? Nunca! Eu, quando viajo, nem me preocupo comigo, mais com os outros, que são irresponsáveis, ultrapassam nas curvas, guiam com excesso de velocidade, etc. Os outros sempre os outros.
Os outros são nossa desgraça!
Mas quem são afinal, os outros? Devem ser entes sobrenaturais, pois nunca os outros se identificam. Todos criticamos ou nos escondemos por trás dos outros, todos projetamos nos outros os traços ruins de nossa personalidade, todos esperamos que os outros cumpram com nosso dever, mas ninguém diz quem são os outros. Os próprios outros não se reconhecem. Com certeza, lendo esta crônica, os outros vão achar que os outros a quem me refiro são os outros. Uma última acusação, gravíssima: os outros plagiam os bons cronistas brasileiros. Esta crônica, por exemplo, parece coisa dos outros.
Publicada no Jornal CORREIO DA SEMANA, Sobral (CE) em 08/10/1994
Fonte: Instituto Brasil Verdade
Pedro e seu machado
Pedro, um lenhador, após um grande trabalho em uma área de desmatamento, se viu desempregado. Após tanto tempo cortando árvores, entrou no corte! A madeireira precisou reduzir custos...
Saiu, então à procura de uma nova oportunidade de trabalho. Seu tipo físico, porém, muito franzino, fugia completamente do biótipo de um lenhador. Além disso, o machado que carregava era desproporcional ao seu tamanho. Aqueles que conheciam Pedro, entretanto, julgavam-no um ótimo profissional.
Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando ser desmatada. Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador experiente. E ele o era! O capataz, após um breve olhar ao tipo miúdo de Pedro e, com aquele semblante de selecionador implacável, foi dizendo que precisava de pessoas capazes de derrubar grandes árvores, e não de “catadores de gravetos”. Pedro, necessitando do emprego, insistiu. Pediu que lhe fosse dada uma oportunidade para demonstrar sua capacidade. Afinal, ele era um profissional experiente! Com relutância, o capataz resolveu levar Pedro à área de desmatamento. E só fez isso pensando que Pedro fosse servir de chacota aos demais lenhadores. Afinal, ele era um fracote.
Sob os olhares dos demais lenhadores, Pedro se postou a frente de uma árvore de grande porte e, com um grito de “madeira”, deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu no primeiro golpe. Todos ficaram atônitos! Como era possível tão grande habilidade e que força descomunal era essa, que conseguira derrubar aquela árvore numa só machadada? Logicamente, Pedro foi admitido na madeireira. Seu trabalho era elogiado por todos, principalmente pelo patrão, que via em Pedro uma fonte adicional de receita.
O tempo foi passando e, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de árvores que derrubava. O fato era incompreensível, uma vez que Pedro estava se esforçando cada vez mais. Um dia, Pedro se nivelou aos demais. Dias depois, encontrava-se entre os lenhadores que menos produziam...
O capataz que, apesar de sua rudeza, era um homem vivido, chamou Pedro e o questionou sobre o que estava ocorrendo. “Não sei”, respondeu Pedro, “nunca me esforcei tanto e, apesar disso, minha produção está caindo”.
O capataz pediu, então, que Pedro lhe mostrasse o seu machado. Quando o recebeu, notando que ele estava cheio de “dentes” e sem o “fio de corte”, perguntou ao Pedro: “Por que você não afiou o machado?”. Pedro, surpreso, respondeu que estava trabalhando muito e por isso não tinha tido tempo para afiar sua ferramenta de trabalho. O capataz ordenou que Pedro ficasse no acampamento e amolasse seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao trabalho. Pedro fez o que lhe foi ordenado. Quando retornou à floresta, percebeu que tinha voltado à forma antiga: conseguia derrubar as árvores com uma só machadada.
A lição que Pedro recebeu cai como uma luva sobre muitos de nós. Preocupados em executar nosso trabalho ou, pior ainda, julgando que já sabemos tudo o que é preciso, deixamos de “amolar o nosso machado”, ou seja, deixamos de atualizar nossos conhecimentos. Sem saber por que, vamos perdendo posições em empresas, escolas... ou nos deixando superar pelos outros. Em outras palavras, perdemos a nossa potencialidade.
Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo que fazem. Se isso fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em quinze minutos, a carimbar os documentos que lhe chegam às mãos, depois de 10 anos na mesma atividade poderia dizer que tem 10 anos de experiência. Na realidade, tem 15 minutos de experiência repetida durante muitos anos.
A experiência não é a repetição monótona do mesmo trabalho ou de um conteúdo que aprendemos, e sim a busca incessante de novas soluções e conhecimentos, tendo coragem de correr riscos que possam surgir. É “perder tempo” para afiar o nosso machado.
Autor desconhecido
Saiu, então à procura de uma nova oportunidade de trabalho. Seu tipo físico, porém, muito franzino, fugia completamente do biótipo de um lenhador. Além disso, o machado que carregava era desproporcional ao seu tamanho. Aqueles que conheciam Pedro, entretanto, julgavam-no um ótimo profissional.
Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando ser desmatada. Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador experiente. E ele o era! O capataz, após um breve olhar ao tipo miúdo de Pedro e, com aquele semblante de selecionador implacável, foi dizendo que precisava de pessoas capazes de derrubar grandes árvores, e não de “catadores de gravetos”. Pedro, necessitando do emprego, insistiu. Pediu que lhe fosse dada uma oportunidade para demonstrar sua capacidade. Afinal, ele era um profissional experiente! Com relutância, o capataz resolveu levar Pedro à área de desmatamento. E só fez isso pensando que Pedro fosse servir de chacota aos demais lenhadores. Afinal, ele era um fracote.
Sob os olhares dos demais lenhadores, Pedro se postou a frente de uma árvore de grande porte e, com um grito de “madeira”, deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu no primeiro golpe. Todos ficaram atônitos! Como era possível tão grande habilidade e que força descomunal era essa, que conseguira derrubar aquela árvore numa só machadada? Logicamente, Pedro foi admitido na madeireira. Seu trabalho era elogiado por todos, principalmente pelo patrão, que via em Pedro uma fonte adicional de receita.
O tempo foi passando e, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de árvores que derrubava. O fato era incompreensível, uma vez que Pedro estava se esforçando cada vez mais. Um dia, Pedro se nivelou aos demais. Dias depois, encontrava-se entre os lenhadores que menos produziam...
O capataz que, apesar de sua rudeza, era um homem vivido, chamou Pedro e o questionou sobre o que estava ocorrendo. “Não sei”, respondeu Pedro, “nunca me esforcei tanto e, apesar disso, minha produção está caindo”.
O capataz pediu, então, que Pedro lhe mostrasse o seu machado. Quando o recebeu, notando que ele estava cheio de “dentes” e sem o “fio de corte”, perguntou ao Pedro: “Por que você não afiou o machado?”. Pedro, surpreso, respondeu que estava trabalhando muito e por isso não tinha tido tempo para afiar sua ferramenta de trabalho. O capataz ordenou que Pedro ficasse no acampamento e amolasse seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao trabalho. Pedro fez o que lhe foi ordenado. Quando retornou à floresta, percebeu que tinha voltado à forma antiga: conseguia derrubar as árvores com uma só machadada.
A lição que Pedro recebeu cai como uma luva sobre muitos de nós. Preocupados em executar nosso trabalho ou, pior ainda, julgando que já sabemos tudo o que é preciso, deixamos de “amolar o nosso machado”, ou seja, deixamos de atualizar nossos conhecimentos. Sem saber por que, vamos perdendo posições em empresas, escolas... ou nos deixando superar pelos outros. Em outras palavras, perdemos a nossa potencialidade.
Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo que fazem. Se isso fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em quinze minutos, a carimbar os documentos que lhe chegam às mãos, depois de 10 anos na mesma atividade poderia dizer que tem 10 anos de experiência. Na realidade, tem 15 minutos de experiência repetida durante muitos anos.
A experiência não é a repetição monótona do mesmo trabalho ou de um conteúdo que aprendemos, e sim a busca incessante de novas soluções e conhecimentos, tendo coragem de correr riscos que possam surgir. É “perder tempo” para afiar o nosso machado.
Autor desconhecido
Bofetada do ano
Recebi por e-mail e achei muito interessante! - Carzem
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Brasileiro sempre teve a mania de reclamar de seus governantes.
Reclamava dos administradores das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias; dos governadores gerais e dos imperadores.
Reclamava dos presidentes da Velha República e da República Velha, dos militares, de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC, de Lula...
Não reclamaram de Tancredo Neves porque morreu antes da posse!
Nas próximas eleições, vamos ter novo presidente, novo governador, outros deputados... ou os mesmos! Mas o povo vai continuar a reclamar. Sabe por quê?
Porque o problema não esta nos deputados, senadores, presidente, governador, prefeito, funcionário...
O problema está naquele que reclama: você e eu, nós! O problema está no brasileiro.
Afinal, o que se poderia esperar de um povo que sempre dá um jeitinho? Um povo que valoriza o esperto e não o sábio?
Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro?
Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia! Ri quando consegue puxar TV a Cabo do vizinho! Sonega tudo o que pode e, quando pode, sonega até o que não pode!
O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama pela sujeira?
O que esperar de um povo que não valoriza a leitura?
O que esperar de um povo que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre?
O que dizer de um povo que elege o Maluf de novo, elege o Clodovil?
O problema do Brasil não são os políticos; são os brasileiros!
Os políticos não se elegeram; fomos nós que votamos neles.
Político não faz concurso, ganha votos: o seu e o meu!
Pense nisto!
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Brasileiro sempre teve a mania de reclamar de seus governantes.
Reclamava dos administradores das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias; dos governadores gerais e dos imperadores.
Reclamava dos presidentes da Velha República e da República Velha, dos militares, de Sarney, de Collor, de Itamar, de FHC, de Lula...
Não reclamaram de Tancredo Neves porque morreu antes da posse!
Nas próximas eleições, vamos ter novo presidente, novo governador, outros deputados... ou os mesmos! Mas o povo vai continuar a reclamar. Sabe por quê?
Porque o problema não esta nos deputados, senadores, presidente, governador, prefeito, funcionário...
O problema está naquele que reclama: você e eu, nós! O problema está no brasileiro.
Afinal, o que se poderia esperar de um povo que sempre dá um jeitinho? Um povo que valoriza o esperto e não o sábio?
Um povo que aplaude o vencedor do Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro?
Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia! Ri quando consegue puxar TV a Cabo do vizinho! Sonega tudo o que pode e, quando pode, sonega até o que não pode!
O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama pela sujeira?
O que esperar de um povo que não valoriza a leitura?
O que esperar de um povo que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre?
O que dizer de um povo que elege o Maluf de novo, elege o Clodovil?
O problema do Brasil não são os políticos; são os brasileiros!
Os políticos não se elegeram; fomos nós que votamos neles.
Político não faz concurso, ganha votos: o seu e o meu!
Pense nisto!
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Greve dos professores
Você sabe por que os professores da Rede Estadual fizeram greve? Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), os trabalhadores nunca foram tão desvalorizados (estão há três anos sem reajuste salarial); centenas de escolas estão caindo aos pedaços, pondo em risco a vida de alunos e dos profissionais; o Governo não faz concurso e o déficit é de 7 mil professores e 8 mil funcionários administrativos; o Governo não repassa os recursos da merenda escolar para o ensino médio; e, nas escolas faltam quadras, laboratórios de informática, bibliotecas, etc. É por isso que a Educação Estadual esteve em greve por 58 dias (31 de julho a 26 de setembro).
Diante do descaso do Governo do Estado, os trabalhadores decidiram também que iriam intensificar a campanha com panfletagem em todas as cidades goianas esclarecendo os motivos da greve e orientando a população a não votar “em candidatos que têm o apoio do governo Alcides, inimigo da Educação”. (Fonte: http://www.sintego.org.br/ )
Diante do descaso do Governo do Estado, os trabalhadores decidiram também que iriam intensificar a campanha com panfletagem em todas as cidades goianas esclarecendo os motivos da greve e orientando a população a não votar “em candidatos que têm o apoio do governo Alcides, inimigo da Educação”. (Fonte: http://www.sintego.org.br/ )
Vista cansada
Otto Lara Resende
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.
Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.
Texto publicado no jornal Folha de São Paulo, edição de 23 de fevereiro de 1992
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Eleição 2008 - Candidatos a vereador por Uruaçu
COLIGAÇÃO URUAÇU NÃO PODE PARAR (Partidos: PMDB , PSC e PC do B)
Almir Roberto Ponce - Almir da Torneadora nº 20040 - PSC
Anísio de Souza - Anísio de Souza nº 15333 - PMDB
Arizon Pinto de Carvalho - Cabo Arizon nº 20020 - PSC
Carlos Alberto Vidal de Oliveira - Professor Carlos Alberto nº 15015 - PMDB
Cecília Lopes Cunha - Cecília do Projeto nº 15133 - PMDB
João Aparecido de Souza - João da Saúde nº 15100 - PMDB
João Batista Fonseca - João Fonseca nº 15555 - PMDB
Joeli Gomes da Silva - Joeli do Salão nº 15123 - PMDB
José Antônio Moreira - José Antonio Moreira nº 15620 - PMDB
José de Ribamar Ribeiro Soares - Ribamar nº 15678 - PMDB
José Rosa da Mota - José Rosa da Ambulância nº 15115 - PMDB
Maria de Lourdes de Souza Pimentel - Lourdes Pimentel nº 15200 - PMDB
Noemia Leite do Rosário - Noemia Leite nº 15111 - PMDB
Reginaldo Vieira de Araújo - Reginaldo nº 15215 - PMDB
Roberto José Tavares - Tavares "Amigo10" nº 15110 - PMDB
Rogério Augusto Pacheco - Rogério Pacheco nº 15234 - PMDB
Sebastiana Paulino Bueno Barroso - Tiana nº 15600 - PMDB
COLIGAÇÃO UNIÃO É VITÓRIA (Partidos: PSDC, PDT e PP)
Albert Sabin Alves de Oliveira - Dr. Albert nº 27357 - PSDC
Baltazar Lourenço Cardoso - Baltazar nº 12369 - PDT
Cláudio Jasem Pereira - Soldado Jasem nº 12190 - PDT
Edileusa da Rocha Montenegro de Carvalho - Edileuza nº 12341 - PDT
Edna Maria de Sousa - Drª Edna nº 12345 - PDT
Eustáquio Lourenço da Silva - Varandão nº 11611 - PP
Francisco Carlos de Carvalho - Chiquinho do Ouro nº 12123 - PDT
Francisco Jose Pereira - Francisco do Ônibus nº 12344 - PDT
Iracides Pereira de Azevedo Liss - Tia Piu nº 12333 - PDT
João Batista Junior - João Batista nº 45645 - PSDB
Jorge Mendes da Costa - Jorge do Gesso nº 45622 - PSDB
Jose Dutra Fernandes - Zé Dutra nº 11234 - PP
José Henrique Fernandes de Carvalho - Zé Henrique nº 11111 - PP
Moacir Galdino de Brito - Moacir Galdino nº 45678 - PSDB
Walzate Freitas Carvalho - Zata nº 45610 - PSDB
COLIGAÇÃO UNIDOS PARA VENCER E FAZER (Partidos: PT do B, PPS e PSB)
Adson Rodrigues Ferreira - Edinho Pintor nº 70648 - PT do B
Aleomar Sebastião Lourenço - Aleomar/Danurinha nº 23456 - PPS
Antonio Horbylon Sales Batista - Professor Horbylon nº 70070 - PT do B
Cedil Elias Vieira - Cedil do Bar nº 23250 - PPS
Deolinda Rodrigues de Oliveira - Deolinda Popular Dulina nº 23699 - PPS
Francisco Gomes Neto - Professor Francisco nº 70999 - PT do B
Gilvania Batista da Silva - Professora Gilvania nº 40111 - PSB
Hanilton Carlos Pereira - Carlos Cambão nº 40123 - PSB
Idelmar Martins Coelho - Idelmar Pedreiro nº 23223 - PPS
Lucimar Alves Rodrigues - Lucimar Alves (Irmão) nº 23444 - PPS
Maria das Neves Laurindo da Silva - Maria das Neves nº 70001 - PT do B
Maria Santana de Jesus - Maria Santana nº 70060 - PT do B
Mario Ribeiro Filho - Marinho da Prefeitura nº 70696 - PT do B
Osmar Alves dos Santos - Pastor Osmar Santos Shows nº 23777 - PPS
Paulino Oliveira de Godoi - Paulinho Açougueiro nº 70220 - PT do B
Robson Correia Pimentel - Robson Pimentel nº 70123 - PT do B
Roseli da Rocha Silva - Roseli Rocha nº 70357 - PT do B
COLIGAÇÃO UNIDOS POR URUAÇU (Partidos: PTB, PRB, PRTB e PTC)
Alacir Freitas Carvalho - Sil nº 14503 - PTB
Claudinea Braz Theodoro - Claudinea nº 14123 - PTB
Divino de Jesus - Barbinha nº 10123 - PRB
Eurípedes Rodrigues de Oliveira - Professor Eurípedes nº 28011 - PRTB
Fábio Vieira dos Santos - Padre Fábio nº 36567 - PTC
Jorge Baião das Chagas - DJ Jorge nº 36345 - PTC
Jose Dias de Souza - Zezão nº 14007 - PTB
Luciano Araújo Rocha - Luciano Tucano nº 10555 - PRB
Paulo Roberto dos Santos - Paulinho da Ambulância nº 10357 - PRB
Roberto Batista Melo - Roberto nº 36123 - PTC
Sinival Antunes da Silva - Sinival nº 14126 - PTB
COLIGAÇÃO URUAÇU RUMO A VITÓRIA (Partidos: PR e DEM)
André Rodrigues Silva - Rocha nº 22123 - PR
Antônio de Sousa Reis - Taroba nº 22456 - PR
Carlos Divino Cipriano - Castelo nº 22206 - PR
Edilson Bispo de Souza - Sargento Bispo nº 22190 - PR
Francisco Soares Correia - Chicão nº 22455 - PR
Maria Rodrigues de Oliveira - Mariona nº 22100 - PR
Mozart Antonio de Vasconcelos - Morzart nº 22122 - PR
Noraldino Antonio dos Reis - Pastor Noraldino nº 22369 - PR
Oswaldo Jose Monteiro Junior - Junior Fênix nº 22555 - PR
Raul dos Santos Filho - Raulzinho nº 22333 - PR
Ricardo Socoloff - Ricardo Socoloff nº 25625 - DEM
Rones da Silva Maia - Roni Maia nº 22222 - PR
Wilson Antonio de Vasconcelos - Zico Pacifico nº 25555 - DEM
SEM COLIGAÇÃO
Antônia Maria Vieira - Antônia nº 13016 - PT
Armindo Pereira da Silva - Armindo nº 13333 - PT
Davi Rodrigues Marques - Davi nº 13010 - PT
Jarilson Barbosa de Oliveira - Jarilson dos Fogões nº 13789 - PT
Késia Carvalho Procópio - Késia Procópio nº 13025 - PT
Pedro Moreira Braz - Pedro Braz nº 13123 - PT
Quintino Borges Coelho Neto - Neguim do Algodão nº 13012 - PT
Valdoir Martins Ribeiro - Valdoir nº 13888 - PT
Almir Roberto Ponce - Almir da Torneadora nº 20040 - PSC
Anísio de Souza - Anísio de Souza nº 15333 - PMDB
Arizon Pinto de Carvalho - Cabo Arizon nº 20020 - PSC
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Cecília Lopes Cunha - Cecília do Projeto nº 15133 - PMDB
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João Batista Fonseca - João Fonseca nº 15555 - PMDB
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Ricardo Socoloff - Ricardo Socoloff nº 25625 - DEM
Rones da Silva Maia - Roni Maia nº 22222 - PR
Wilson Antonio de Vasconcelos - Zico Pacifico nº 25555 - DEM
SEM COLIGAÇÃO
Antônia Maria Vieira - Antônia nº 13016 - PT
Armindo Pereira da Silva - Armindo nº 13333 - PT
Davi Rodrigues Marques - Davi nº 13010 - PT
Jarilson Barbosa de Oliveira - Jarilson dos Fogões nº 13789 - PT
Késia Carvalho Procópio - Késia Procópio nº 13025 - PT
Pedro Moreira Braz - Pedro Braz nº 13123 - PT
Quintino Borges Coelho Neto - Neguim do Algodão nº 13012 - PT
Valdoir Martins Ribeiro - Valdoir nº 13888 - PT
domingo, 7 de setembro de 2008
Uruaçu - Eleições 2008 - Prefeitáveis
Um eles será o(a) próximo(a) prefeito(a) de Uruaçu!
Uruaçu, que começou 2008 com mais de 15 pré-candidatos a prefeito, conta agora com três candidatos: Lourenço Pereira Filho - Lourencinho (PP), candidato a prefeito, tendo como vice Dr. Francisco Barroso (PR); Solange Bertulino (PMDB) e Pr.Vilson Guedes (PMDB), como vice; e, Drª Iraci Carvalho (PT) e Hamilton Damacena (PT), seu vice.
As três peneiras
Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava contar-lhe algo.
Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros éum fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo.Suponhamos então que seja verdade.
Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar écoisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pelaterceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa?Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta e, arremata Sócrates:
-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nosbeneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca amenos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas doplaneta.
Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer contar dos outros éum fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer aí mesmo.Suponhamos então que seja verdade.
Deve então passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar écoisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar pelaterceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa?Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta e, arremata Sócrates:
-Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, você e seu irmão nosbeneficiaremos. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca amenos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas doplaneta.
Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
Oração pelo Brasil
Oh! Deus onipotente,
Princípio e fim de todas às coisas,
Infundi em nós brasileiros
O amor ao estudo e ao trabalho,
Para que façamos de nossa terra
Uma pátria de ordem, de paz e de grandeza.
Velai, Senhor, pelos destinos do Brasil.
Assim seja!
Princípio e fim de todas às coisas,
Infundi em nós brasileiros
O amor ao estudo e ao trabalho,
Para que façamos de nossa terra
Uma pátria de ordem, de paz e de grandeza.
Velai, Senhor, pelos destinos do Brasil.
Assim seja!
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